Pesquisadores analisam problemas de desenvolvimento pulmonar em crianças prematuras
JPA/DICYT María Dolores Ludeña de la Cruz, cientista da Unidade de Anatomia Patológica do Hospital Universitário de Salamanca e do Departamento de Biologia Celular e Patologia da Universidade de Salamanca, orienta uma pesquisa sobre os problemas de desenvolvimento pulmonar em crianças prematuras. Particularmente, o trabalho foca-se na displasia broncopulmonar com o objetivo de testar em animais os efeitos de determinados tratamentos.
Na Unidade de Neonatologia do Hospital Universitário são atendidos muitos casos de crianças recém nascidas prematuras e, de fato, “cada vez se alcançam mais e melhores condiçoes, porque existem meios para consegui-las”, afirma María Dolores Ludeña em declarações a DiCYT. No entanto, alguns desenvolvem problemas respiratórios e o mais importante deles é uma doença conhecida como displasia broncopulmonar.
Trata-se de “uma alteração pulmonar morfológica caracterizada por uma menor quantidade de alvéolos, que também apresentam maior tamanho, no indivíduo que dela padece”, comenta. Os alvéolos são as cavidades pulmonares localizadas no final dos brônquios, onde ocorre a troca de gases entre o ar inspirado e o sangue. Se um recém nascido apresenta este problema, pode ter problemas de infecções e, do ponto de vista morfológico, “os pulmões não se desenvolvem totalmente”, indica a especialista.
Normalmente este transtorno afeta bebês que nasceram prematuramente, sem que seus pulmões tenham se desenvolvimento totalmente antes do parto, e que posteriormente estiveram conectados a um respirador para receber oxigênio durante um longo tempo.
Tratamentos
Para evitar que este problema crônico se apresente, atualmente as mães gestantes com risco de parto prematuro estão sendo tratadas com hormônios corticóides para acelerar o amadurecimento pulmonar do bebê. Neste contexto, “estamos estudando como os corticóides afetam os fatores de crescimento do pulmão a nível experimental, concretamente, em ratos”, afirma a cientista responsável por este trabalho, que foca suas linhas de pesquisa em doenças pulmonares.
O objetivo da pesquisa é avaliar como os fatores de crescimento implicados são alterados, para poder atuar sobre estas substância e “conseguir um melhor amadurecimento pulmonar nas crianças prematuras”. O trabalho, que relaciona as alterações e a ação possível dos corticóides, é realizado em colaboração com a Unidade de Neonatologia e com o Serviço de Bioquímica do próprio Hospital Universitário de Salamanca.