Technology Spain , Salamanca, Friday, November 16 of 2012, 13:31

Projeto tecnológico pretende melhorar a gestão hospitalar

Uma empresa de Salamanca trabalha em uma iniciativa de PD&I que une as tecnologias ZigBee e RFID para melhorar a localização e eficiência dos recursos materiais e humanos

José Pichel Andrés/DICYT A empresa Nebusens, localizada no Parque Científico da Universidade de Salamanca, desenvolve um projeto de pesquisa que pretende reduzir custos e agilizar as tarefas realizadas no meio hospitalar graças a um sistema de localização de recursos materiais e humanos através de uma rede sem fio de sensores. Esta tecnologia permitirá controlar a todo tempo os recursos disponíveis e, assim, otimizar seu uso com o objetivo final de oferecer uma melhor atenção ao paciente, com menos gastos.

 

O objetivo é desenvolver um sistema, denominado CADUCEO, que serve para otimizar nos centros hospitalares os recursos técnicos e humanos, e assim “saber onde está cada coisa, quem a pegou e onde deveria estar”, explica em declarações a DiCYT Dante Tapia, gerente de Nebusens. Definitivamente, será possível acompanhar de maneira informatizada elementos como os carrinhos que distribuem os medicamentos.

 

A Universidade Politécnica de Madri, a Universidade de Murcia, as empresas Logica España e Intermec Technologies, além do Consórcio Sanitário de Tarrasa (Barcelona), são os sócios de Nebusens neste projeto financiado desde 2011 através do Sub-programa INNPACTO do Ministério de Economia e Competitividade.

 

Do ponto de vista tecnológico, a chave está na união de dois tipos de tecnologias, o protocolo de comunicações ZigBee e RFID (siglas de Radio Frequency IDentification, isso é, identificação por radiofrequência) no mesmo motor de localização. A empresa de Salamanca trabalha com as duas, especialmente com a primeira, que é semelhante ao conhecido Bluetooth, mas oferece um baixo consumo e permite criar redes maiores, com uma forma mais flexível de conectar dispositivos.

 

Sensores, chips e etiquetas

 

O funcionamento do ZigBee requer a utilização de pequenos dispositivos ou chips, com os quais seria possível localizar pessoal médico ou paciente no âmbito hospitalar, enquanto que o RFID funciona simplesmente com etiquetas, que poderiam ser utilizadas em “expedientes, pastas de documentos ou materiais cirúrgicos”, comenta o responsável pela empresa. A união das duas tecnologias graças a uma série de sensores implantados nas instalações é o que faz possível o funcionamento do sistema.

 

O mesmo conceito de localização está sendo aplicado em outros meios, como residências geriátricas, para o cuidado de pessoas, mas este sistema é mais complexo por incorporar mais elementos e pela fusão das duas tecnologias. A metodologia utilizada neste campo é conhecida como Living Lab e pretende envolver o usuário final no desenvolvimento de um projeto de PD&I, já que isto permite detectar necessidades ou problemas que possam ser percebidos, por exemplo, pelo pessoal sanitário no momento de trabalhar em seu dia a dia com esta nova tecnologia.