Salud España , León, Jueves, 17 de noviembre de 2011 a las 12:27

Investiga-se como melhorar a fabricação de tacrolimus, conhecido medicamento para transplantes

Cientistas do Instituto Tecnológico de Castela e Leão e do Instituto de Biotecnologia de León pretendem melhorar a produção deste medicamento

RAG/DICYT O tacrolimus é um medicamento utilizado de modo cada vez mais freqüente em pacientes que sofreram um transplante, já que contribui à diminuição da resposta imunitária e, portanto, à redução do risco de rejeição do corpo ao órgão novo. Este medicamento contém uma bactéria denominada Streptomyces tskubaensis. Um projeto de pesquisa realizado pelo Instituto Tecnológico de Castela e Leão (ITCL) e pelo Instituto de Biotecnologia de León (Inbiotec) busca, mediante a aplicação de determinadas técnicas, melhorar a produção desta bactéria, o que representaria, dentre outros aspectos, a redução do preço deste medicamento.

 

Denominado “Otimização da produção do imunossupressor tacrolimus em Streptomyces tskubaensis: melhoria guiada mediante a aplicação de inteligência artificial e bioinformática a dados transcriptômicos”, o projeto pretende, em primeiro lugar, melhorar este medicamento. Para tanto, os pesquisadores utilizam técnicas denominadas transcriptômicas (com as quais se analisa e quantifica o nível de expressão dos genes deste microorganismo) que possibilitam medir os níveis de ARN em determinadas situações. Isto permitirá aos cientistas conhecer melhor os sistemas que trabalham nas células desta bactéria, detalhou a DiCYT Carlos Prieto, um dos pesquisadores.

 

“É importante conhecer o processo de produção e outros relacionados para poder fazer modificações, conseguir cepas melhoradas, melhorar o meio da célula para que possa produzir mais. É a fase atual do projeto”, destacou a respeito Prieto, que também afirma que o segundo passo do trabalho de pesquisa consistirá na melhoria genética da bactéria que permite aumentar sua produção.

 

 

Genes da bactéria

 

O êxito do estudo seria, com a utilização destas técnicas, “tocar o gene necessário para que, com a mesma quantidade de material, possa-se produzir o dobro, o triplo ou o quádruplo de tacrolimus”, afirmou Javier Sedano, do Grupo de pesquisa Eletrônica Aplicada e Inteligência Artificial do ITCL.

 

A tarefa é complexa, já que a bactéria Streptomyces tskubaensis tem 8.848 genes, dos quais a literatura descreveu pouco mais de 30 como importantes para poder melhorar este processo. “Atualmente, estamos agrupando os que possuem relação com estes importantes. Uma vez feito isso, pretendemos categorizá-los para saber quais são os mais importantes dentre eles”, enfatiza.

 

Concretamente, o trabalho de laboratório consiste em desenvolver métodos para obter genes que evoluam, cresçam e decresçam no tempo da mesma forma, ou seja, genes coexpressados. “O problema reside em ver quais genes estão relacionados uns com os outros. Portanto, observamos, obtemos alguns valores e a partir daí vemos os genes que representam mais informação sobre uma medida para, com isso, tornar a categorizá-los em função da importância”, precisou Sedano, um dos responsáveis por este projeto apoiado pelo ADE e incluído no convênio de centros tecnológicos CCTT/10/BU/0002.

 

Estabelecer bases sólidas para o “desenho dirigido” de novas cepas de Streptomyces tskubaensis que produzam o medicamento tacrolimus eficientemente, e que isso resulte na exploração industrial deste medicamento é, portanto, outra finalidade desta pesquisa, cujo objeto é um remédio cada vez mais utilizado pelos pacientes transplantados.

 

A fase atual do projeto termina no final de 2011, ainda que os pesquisadores esperem obter uma prorrogação de alguns meses “para obter os máximos resultados possíveis”, os quais poderão ser patenteados, tanto no que se refere ao método de análise de dados, que otimiza as variáveis experimentais e identifica os genes envolvidos na produção - como à definição das condições que possibilitam uma produção ideal de tacrolimus.