Salud España , León, Viernes, 20 de julio de 2012 a las 12:58

Ibiomed e Hospital de Le贸n avan莽am no tratamento do infarto do miocardio

A pesquisa revela que um medicamento utilizado ap贸s o ataque coron谩rio tem efeitos inferiores aos desejados

JPA/DICYT Uma pesquisa do Instituto de Biomedicina da Universidade de Léon (Ibiomed) e do Hospital de León sobre infarto do miocardio mostraram que o clopidogrel, medicamento utilizado normalmente para evitar uma recaída após um ataque do coração, tem menor efeito do que se imaginava até agora em um determinado grupo de pacientes. O trabalho, fruto de uma tese, foi publicado na revista Thrombosis Research.

 

Os pesquisadores de León estudam desde 2004 a atividade das células sangüíneas chamadas plaquetas no infarto. Ainda que já tivessem sido estudadas antes, é a primeira vez na qual se realiza uma análise tão detalhada da atividade plaquetária dependente do receptor alvo do clopidogrel nos primeiros momentos após o ataque cardíaco, conforme explicaram em declarações a DiCYT.

 

Este interesse pelas plaquetas se deve ao fato de serem células que em última instância desencadeiam o infarto. Após a formação de placas nas artérias coronárias pelo acúmulo de colesterol, chega um momento no qual podem ser quebradas e então entram as plaquetas para realizar sua função: fechar a ferida. No entanto, o que acontece é que as plaquetas são ativadas em excesso e acabam gerando um trombo que obstrui definitivamente o vaso sangüíneo.

 

Medicamentos fibrinolíticos

 

Assim, desde os anos 60 o tratamento para o infarto baseia-se em medicamentos fibrinolíticos que atuam desfazendo o coágulo e recuperando o fluxo. No entanto, estes medicamentos aumentam a atividade das plaquetas com o risco de que a artéria se obstrua novamente logo depois, o que de fato pode acontecer em até 1/3 dos casos se as medidas adequadas não são tomadas.

 

Durante muito tempo o medicamento para este problema foi a aspirina. Recentemente somou-se o clopidogrel ao tratamento como agente antiplaquetário. Agora a pesquisa dos cientistas de León, realizada com 41 pacientes, demonstrou que a potência neste contexto é inferior a que se pensava.

 

“A pesquisa é limitada”, reconhece Alejandro Diego Nieto, responsável pelo trabalho, “deveria ser corroborada com testes multicêntricos com milhares de pacientes”. No entanto, esta publicação indica a conveniência de intensificar os estudos atuais sobre moléculas alternativas que parecem ser até 10 vezes mais potentes do que o clopidogrel. “Estas moléculas modernas são também antiplaquetários orais e seria necessário estudar se seu efeito final também é limitado”, indica o cientista.