Alimentación Colombia , Caldas, Jueves, 11 de febrero de 2010 a las 13:33

Cientistas colombianos obtêm uma merenda com probióticos para crianças

Optaram por desenvolvê-la diante das constantes enfermidades diarréicas relacionadas com a má-nutrição e a inadequada preparação de alimentos

UN/DICYT Amora, morango e maçã são as frutas com as quais trabalha atualmente a UN (Universidade Nacional da Colômbia) em Manizales, para obter uma merenda com probióticos para crianças que atue na redução de problemas intestinais. “Antes as pessoas pensavam que os microorganismos eram apenas contaminantes patogênicos e que estragavam os alimentos. Felizmente, agora o consumidor está mais consciente de que existe uma série de microorganismos que trazem muitos benefícios tanto para a transformação e melhora da qualidade do alimento em si, como nutricionais, como é o caso das bactérias lácteas presentes no iogurte”, afirmou a docente da UN em Manizales Sneyder Rodríguez Barona.

 

Pesquisadores da Universidade explicaram que optaram pela produção da merenda em primeiro lugar porque é um produto chamativo para o público infantil, o qual pretendem atingir, já que neste se observa uma alta incidência de enfermidades diarréicas causadas pela má-nutrição e práticas inadequadas na preparação de alimentos.

 

E também porque se pretende criar uma alternativa aos iogurtes probióticos, já que existem cada vez mais pessoas intolerantes à lactose e é importante diversificar esses probióticos em outros alimentos, por serem mais saudáveis e contribuírem no combate ao crescimento de microorganismos patogênicos no corpo.

 

Assim, quando uma criança abrir um pacote do produto encontrará pedacinhos de fruta do sabor de sua preferência, obtidas a partir da bio-impregnação a vácuo de microorganismos probióticos em misturas de frutas liofilizadas que conservam, além do seu valor probiótico, as qualidades nutritivas das frutas.

 

Preparação da guloseima

 

Rodríguez Barona, pesquisadora do projeto, afirmou que “após cortar em lâminas o produto, cada parte é introduzida em vasilhas (recipientes) que contém um suco de amora com os microorganismos, os quais, devido à porosidade do alimento e à técnica de impregnação a vácuo, entram na lâmina e nela ficam. Depois, realiza-se o processo de liofilização, com o qual a lâmina é desidratada, sem que sejam afetados os componentes nutricionais e a fazendo com que as bactérias permaneçam disponíveis”.

 

Até agora, a primeira parte da pesquisa produziu bons resultados. Os microorganismos crescem adequadamente nos extratos das frutas, inclusive no da amora que tem um pH baixo.

 

Dentro de pouco tempo, espera-se poder começar testes na maçã e no morango, frutas das quais a literatura relata uma porosidade muito boa, recomendando sua aplicação para estes fins.

 

Será feita, também, uma avaliação do número de microorganismos presentes na amostra liofilizada, que não deverá ser menor que 106 bactérias por grama, como sugere a norma.

 

Rodríguez Barona indica: “Comprovaremos também a presença de microorganismos dentro da fruta mediante observação por microscópio eletrônico e, futuramente, virão os experimentos e testes de vida útil e aceitação por parte do consumidor”.