Benemérita Universidade Autônoma de Puebla inaugura Usina de Biodiesel
MAS/BUAP/DICYT A Benemérita Universidade Autônoma de Puebla inaugurou o Laboratório de Biodiesel da Faculdade de Engenharia Química na Cidade Universitária (CU), no qual produzirá esse bioenergético a partir da semente da mamoma, para abastecer os ônibus que compõem o Sistema de Transporte Universitário (STU).
Com isso, a Máxima Casa de Estudos de Puebla se converte na primeira universidade mexicana a possuir um sistema integral de produção de biocombustíveis, ao abarcar o processo completo, da limpeza da matéria-prima até a fabricação do biodiesel. Até agora, a maioria dos esforços em instituições de educação superior se limitavam a sua produção em pequenas quantidades em laboratório, enfatizou o Doutor Manuel Sánchez Cantú, pesquisador da Faculdade de Engenharia Química e responsável pelo projeto.
Ao inaugurar o laboratório na Maratona de Obras 2011, o Reitor Enrique Agüera Ibáñez afirmou que com a idéia de possuir um projeto integral será analisada a possibilidade de que a própria instituição possa semear a planta para extrair a semente da mamona e ter material suficiente para fabricar o biodiesel.
Por sua viabilidade, o projeto intitulado “Estabelecimento de uma usina de produção de biodiesel para o abastecimento com biocombustíveis do Sistema de Transporte Universitário da Benemérita Universidade Autônoma de Puebla” tem sua execução orçada em 1 milhão e 644 mil pesos, financiada pelo Fundo Misto (FOMIX), Conacyt Governo do Estado de Puebla.
De fato, este é um dos seis projetos de pesquisa científica aplicada desenvolvidos na BUAP e aprovados pelo FOMIX.
Além do aspecto de preservação ambiental, já que o uso de biodiesel diminui as emissões de gases nocivos responsáveis pelo efeito estufa, o jovem pesquisador afirma que o início desta produção significa uma oportunidade para abrir no estado de Puebla o caminho até a produção em grande escala.
Enfatiza que se o projeto for concretizado em 24 meses, abrir-se-á a possibilidade de que, com o apoio das autoridades estatais, a entidade de Puebla converta-se em produtora de biocombustível, atividade estratégica na qual o México está um pouco atrás da União Européia e de países latino-americanos como o Brasil, que já o processam.
Ao justificar as razões pelas quais escolheu a mamona como matéria prima para produzir o bioenergético, Sánchez Cantú explicou que ainda que esteja documentada a possibilidade de extraí-lo do girasol, da cana-de-açúcar, da soja e de outras oleaginosas, a escolha se deve ao fato de não ser possível produzir óleos comestíveis com a mamona, porque somente é utilizada na produção de óleo de rícino, além de existir de forma silvestre praticamente em todo território de Puebla, mas não se descarta a utilização futura de outra semente.
“Existe uma polêmica mundial sobre se os biocombustíveis provocam o encarecimento dos alimentos. Desse modo, em nosso projeto optamos por utilizar uma semente não comestível”, agrega.