Salud Brasil Campinas, São Paulo, Viernes, 16 de mayo de 2014 a las 14:45

Altas concentrações de HDL são benéficas na prevenção da diabetes

Estudo feito com homens e mulheres saudáveis revela que altas taxas de HDL propiciam maior sensibilidade à insulina

Tatiana Venancio/ComCiência/Labjor/Dicyt - Estudo realizado no Laboratório de Lípides da Faculdade de Medicina da USP, e publicado recentemente na revista Cardiovascular Diabetology, demonstrou que indivíduos que possuem altas concentrações plasmáticas de colesterol presente na HDL (HDL-C) apresentam maior sensibilidade à insulina – que está associada ao menor risco de desenvolvimento do diabetes – quando comparados com indivíduos que possuem baixas concentrações de HDL-C.

 

A pesquisa foi realizada analisando-se 41 homens e 32 mulheres saudáveis que apresentaram HDL-C menor que 40 mg/dL ou maior que 60 mg/dL. Nos indivíduos com HDL-C mais alta, as concentrações de insulina e triglicérides foram mais baixas e as taxas glicêmicas semelhantes, sugerindo a maior sensibilidade à insulina.

Os pesquisadores suspeitam que no grupo com baixas concentrações de HDL-C seja possível o aparecimento de outras alterações características da síndrome metabólica, que corresponde a um conjunto de manifestações, cuja base é a resistência à insulina.

 

A HDL, conhecida como “bom colesterol”, é, na verdade, uma lipoproteína com papel importante no metabolismo de colesterol e na proteção contra doenças cardiovasculares, sendo responsável pelo transporte e remoção do colesterol na circulação sanguínea.

 

Atualmente, sabe-se que as mudanças no metabolismo de colesterol são importantes preditores de doenças cardiovasculares, de modo que o baixo índice de HDL-C no plasma é considerado fator de risco cardiovascular.

 

Estudos anteriores do mesmo grupo de pesquisa, demonstraram ainda que indivíduos com HDL-C menor que 40 mg/dL apresentaram maior produção corpórea de colesterol e também menor absorção intestinal, se comparados àqueles com concentração de HDL-C acima de 60mg/dL.

 

Segundo Edna Nakandakare, chefe do laboratório de lípides e coautora do trabalho, os dados são importantes para o melhor entendimento acerca do papel da HDL, não somente na prevenção das doenças cardiovasculares mas também na prevenção da diabetes.