Tecnología España , Salamanca, Jueves, 28 de abril de 2011 a las 13:56

UPSA desenha uma nova cadeira de rodas que percorre interiores de forma automática

Projeto denominado Aescolapius, que no ano passado apresentou uma cadeira controlada por celular, entra em nova fase de colaboração com o Hospital Nacional de Paraplégicos Toledo

José Pichel Andrés/DICYT Há menos de um ano, o Clube de Inovação da Universidade Pontifícia de Salamanca (UPSA) surpreendia a todos com a apresentação de um protótipo de cadeira de rodas que podia ser controlada com os movimentos da cabeça de seu ocupante e através de um telefone celular. Alguns meses mais tarde, alunos e professores do projeto, chamado Aescolapius, continuam trabalhando em um novo modelo de cadeira de rodas com o objetivo de que se realizem trajetos automáticos dentro de um edifício, um novo projeto realizado a pedido do Hospital Nacional de Paraplégicos de Toledo, uma das instituições mais importantes da Espanha na área de pesquisa sobre deficiência física.

 

“Queremos que a cadeira seja capaz de mover-se pelo interior dos edifícios através de memorização dos trajetos”, afirmam os alunos que desenvolvem esta nova fase, Gabriel Villarubia e Iker Muriel, ambos do curso de Engenharia Técnica em Informática de Gestão, já que o terceiro componente da equipe do ano passado, Alberto López, está no exterior como bolsista neste ano.

 

O exemplo mais básico do novo objetivo para melhorar a cadeira de rodas se encontra às portas de qualquer centro sanitário. “Existem cadeiras nas portas dos hospitais e com este sistema poderíamos indicar-lhe, por exemplo, que queremos ir à sala de raio-x, de maneira que a cadeira te conduziria automaticamente a este lugar”, indicam. Isso é algo difícil, porque no trajeto existiriam obstáculos para detectar e esquivar-se, mas “faremos com que a cadeira vá onde seja indicado”, afirmam.

 

O projeto passa por memorizar os trajetos através de elementos simples e econômicos, segundo os alunos. Por exemplo, pretendem utilizar uma fita isolante e pequenas etiquetas de radiofreqüência (baseadas na tecnologia RFID, do inglês Radio Frequency Identification) para “desenhar caminhos” nos corredores de um edifício, como se fossem os de um hospital, um centro de saúde ou qualquer outro lugar no que poderia ser implementado este sistema.

 

No momento, “estamos em uma fase de pesquisa, procuramos algoritmos que nos permitam calcular as melhores rotas, queremos averiguar qual é a melhor maneira de colocar as etiquetas de radiofreqüência pelo caminho, assim como deixar no ponto os componentes eletrônicos necessários para instalar-se na própria cadeira. Isso requer a instalação de sensores infra-vermelhos, de ultrassom e comunicação sem-fio por Bluetooth, de acordo com suas previsões.


Robô experimental

 

De modo experimental, diante das dificuldades de manejar a cadeira de rodas devido ao seu tamanho, os pesquisadores estão utilizando um robô simples que simula uma cadeira. Uma vez que a idéia esteja madura, o objetivo do projeto é incorporar também funcionalidades como a localização por GPS e o aviso automático ao 112 por parte da cadeira em caso de acidente.

 

“Parte da idéia nos foi dada no Hospital Nacional de Paraplégicos de Toledo, onde fomos apresentar o projeto anterior, porque eles estão trabalhando neste mesmo sentido”, indica o professor Roberto Berjón, diretor deste projeto de pesquisa que, por um ano mais, volta a formar parte do Clube de Inovação da Universidade Pontifícia de Salamanca, iniciativa que conta com o financiamento e respaldo do projeto de Transferência de Conhecimento Universidade-Empresa (T-CUE) da Junta de Castela e Leão.

 

Tanto os alunos como os professores crêem que é compatível integrar toda essa nova tecnologia com o projeto do ano passado e aplicar todos os avanços juntos a qualquer cadeira de rodas. “Simplesmente seria incorporar uma pequena placa e uns sensores de obstáculos”, assinalam. Uma vez desenvolvido o sistema, desenvolver o hardware não seria muito difícil para que se materialize o projeto, que deverá estar pronto para sua apresentação oficial em junho, coincidindo com o final do curso acadêmico, como marcam os prazos do Clube de Inovação da Universidade Pontifícia.