Projeto Águeda, uma análise que pode ser aplicada em bacias de outros rios
BAC/DICYT O rio Águeda corre pela província de Salamanca e serve de fronteira natural entre a Espanha e Portugal durante 40Km antes de desembocar na margem esquerda do rio Douro. Uma iniciativa internacional denominada Projeto Águeda analisa os riscos ambientais na bacia deste afluente com a participação do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) de Portugal, da Universidade Européia Miguel de Cervantes (UEMC) de Valladolid e do Instituto de Recursos Naturais de Agrobiologia de Salamanca (Irnasa). As três partes se reuniram no dia 20 na sede deste último organismos para discutir os resultados.
A coleta de amostras e a análise de qualidade das águas, tanto das superficiais, quanto das subterrâneas, é responsabilidade do Irnasa, conforme explica à DiCYT María Jesús Sánchez Martín, pesquisadora deste centro do CSIC e organizadora do encontro. A presença de pesticidas nas áreas com maior atividade do ser humano ou de metais como o urânio ou o arsênio devido às minas abandonadas próximas à bacia são algumas das preocupações abordadas pelos cientistas, que não apenas coletam amostras das águas, mas também dos solos próximos.
Os distintos grupos de pesquisa aportam diferentes conhecimentos e especialidades. Os pesquisadores de Castelo Branco se encarregam da modelização da área e dos estudos geoestatísticos dos resultados obtidos, enquanto a UEMC obtém mapas de risco que indicam as características particulares de cada região.
A jornada
A sessão matutina desta jornada, que apresenta o estado atual do projeto, está aberta ao publico. “Analisaremos os resultados prévios dos parâmetros ambientais e os estudos de avaliação”, indica María Jesús Sánchez, “ainda não temos resultados finais, já que é a terceira reunião de um projeto que acaba em junho”.
De forma privada, os responsáveis pelo projeto analisarão outras questões científicas, bem como as possíveis ações de difusão dos resultados através de diversas vias, da organização de conferências ao uso das novas tecnologias.
Possível ampliação
Esta iniciativa teve inicio em 2012 e terminará em junho, mas se os sócios conseguirem o financiamento adequado, concebem continuar trabalhando nesta linha inclusive em outras áreas. “Estamos a espera de ver o que é possível fazer, poderia ser interessante continuar, já que a mesma metodologia seria extensível ao estudo de outras bacias diferentes”, afirma a pesquisadora.