Technology Spain , Salamanca, Wednesday, May 29 of 2013, 13:21

Empresa de Salamanca cria aplicativos de celulares para o CSIC

Chocosoft desenvolve projetos que contribuirão com a divulgação de investigações científica, principalmente no mundo da Arqueologia

AGG/DICYT A empresa de Salamanca Chocosof Computer & Mobile Solutions trabalha com o Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) no desenvolvimento de aplicativos para celulares com conteúdos científico e de divulgação. As primeiras criações focam-se no âmbito da Arqueologia. A necessidade de criar um produto atrativo para o público, dentro da objetividade e rigor da ciência, marca o desenvolvimento destes produtos.

 

Até agora, Chocosoft lançou, junto com o CSIC, a app ‘Arqueológicas. A razão perdida’, a primeira de uma série para celulares e tablets que divulgarão os resultados de pesquisas científicas. “Tínhamos em desenvolvimento vários projetos relacionados com a ciência e a pesquisa. Com o CSIC, estamos trabalhando para desenvolver um museu virtual de reproduções 3D de peças arqueológicas na Ilha de Ons e vários livros interativos de divulgação científica”, explica à DiCYT Miguel Sánchez Marcos, ums dos responsáveis pela empresa. Por outro lado, Chocosof também colabora com a Fundação Germán Sánchez Ruioérez de Salamanca “em projetos relacionados com a leitura e a lingüística”.

 

Um dos principais desafios que surgem aos informáticos é como desenvolver aplicativos que abordem de maneira adequada os diferentes aspectos da ciência. “O objetivo é criar bons aplicativos que cubram de forma satisfatória as necessidades dos usuários. Isto quase sempre é sinônimo de aplicativos com altos graus de personalização que podem requerer a criação de sistemas, algoritmos ou interfaces que nunca foram vistas em um aplicativo celular”, comenta.

 

“Também há outro aspecto que precisa ser tido em conta no âmbito científico. As ciências são rigorosas, cada uma com seus próprios e estritos métodos. Constantemente os avanços em qualquer ciência devem ser publicados de modo muito tradicional para que sejam considerados pela comunidade científica. Os aplicativos, no entanto, são algo muito versátil e dinâmico, interativo. Atrevo-me a dizer que divertido. Parece que não são coisas compatíveis”, indica.

 

De fato, na opinião de Miguel Sánchez Marcos, “existe uma grande brecha entre a ciência e o que sabemos dela. Instituições como o CSIC contam com pesquisadores excepcionais que aportam dia a dia novos conhecimentos e resultados em todas as áreas. O mais complicado, constantemente, é colocar este conhecimentos a disposição dos cidadãos”, afirma.

 

“Uma ferramenta excelente”

 

Por isso os especialistas de Chocosoft acreditam que as app “são uma ferramenta excelente para a difusão da ciência”. Existem muitos exemplos nas lojas de aplicativos sobre museus, Anatomia, Física, Astronomia e outras ciências. No entanto, como não existe nenhum mecanismo que certifique os conteúdos ou corrobore o rigor que oferecem, a empresa de Salamanca tenta fazer com que as instituições científica, como o CSIC, participem na criação de conteúdos para estes novos meios.

 

Deste modo, está assegurado que os conteúdos científicos divulgados sejam de qualidade, ainda que não se trate apenas de realizar divulgação científica, mas também de uma apoio ao ensino. Seria possível criar um aplicativo para ajudar a estudar a Anatomia dos grandes mamíferos com diagramas interativos? Um que permita combinar elementos químicos e ver que propriedades terias as moléculas formadas? E um que permitisse às crianças aprender trigonometria de uma forma visual? “Se você pensa, todos têm algo em comum: o conteúdo, a ciência dentro deles, deve ser de qualidade”, insiste os sócio de Chocosoft.

 

A idéia e o material científico

 

Miguel Sánchez Marcos destaca que, ainda que pareça complicado, para desenvolver um aplicativo a única coisa necessária é uma idéia baseada em um bom material científico. “Seria possível dizer que o que se deve fazer é perguntar o que aprenderão os usuários com este aplicativo e o que poderão fazer com ele. A partir de então é relativamente simples criar algo”, afirma.

 

O objetivo é que os projetos relacionados com a cultura científica estejam destinados, pelo menos em uma parte importante, a todos os públicos. De um enfoque comercial, quanto mais amplo seja o público, mais downloads e volume de negócio terá a empresa, mas “também o fazemos por satisfação pessoal, já que adoramos a ciência e gostaríamos que muitas coisas fossem enfocadas a um público não necessariamente especialista na matéria, e assim todos poderíamos aprender mais”, indica.

 

‘Arqueológicas: a razão perdida’

 

O aplicativo ‘Arqueológicas. A razão perdida’, criado pela Chocosoft e o CSIC, é uma adaptação do livro homônimo de Felipe Criado-Boado, diretor do Instituto de Ciências do Patrimônio do CSIC em Santiago de Compostela. O autor queria um sistema pelo quatro pudesse transmitir os conteúdos de seu livro de forma que o leitor pudesse saber o que é mais importante do texto. Após um longo trabalho conjunto entre o pesquisador e os informáticos, o aplicativo final inclui um rede de conceitos escolhidos pelo autor, relacionados entre si, com as páginas, notas e figuras do livro, “como uma enorme teia de aranha”. Desta forma, o leitor poderá navegar por estes conceitos livremente consultando todos os conteúdos relacionados. O aplicativo está disponível para Android e iOS.