Nutrition Mexico , México, Wednesday, March 28 of 2012, 12:18

Desenvolve-se um sistema para prever a qualidade do ar

Modelo pretende classificar as partículas poluentes

Agência ID/DICYT Especialistas em informática da Universidade Autônoma de Querétaro (UAQ) aplicam técnicas de inteligência artificial no desenho de um sistema de monitoramento que classifique as partículas poluentes e permita prever a qualidade do ar em tempo real.

 

A tecnologia desenvolvida projetará dados concretos sobre os poluentes atmosféricos que prevalecem nas grandes cidades, principalmente, a fim de propor um melhor planejamento urbano e um desenvolvimento industrial ordenado.

 

O doutor Marco Antonio Aceves Fernández, titular do projeto e pesquisador da Faculdade de Informática (FI-UAQ), afirma que espera que os resultados impactem de maneira positiva as políticas públicas de saúde, devido às doenças provocadas por este problema ambiental.

 

Desse modo, o especialista explicou que a idéia é desenvolver um sistema de monitoramento através do uso de uma máquina de suporte de vetores, isso é, um mecanismo que permita agregar dados do comportamento atmosférico obtidos em algumas regiões geográficas e em determinados lapsos de tempo.

 

Através da inteligência artificial, pretende-se estabelecer um modelo que classifique as partículas poluentes e favoreça a previsão da qualidade do ar em tempo real, afirma o também engenheiro.

 

“Também será possível interpretar a informação fornecida pelas estações de monitoramento ambiental no México e em outras partes do mundo e, assim, beneficiar o setor ambiental e o de saúde”, expôs Aceves Fernández.

 

Isso porque nas áreas altamente industrializadas existem partículas puluentes que são prejudiciais à saúde, pois causam doenças respiratórias, sobretudo em crianças e idosos.

 

O especialista afirma que as perigosas partículas no ar, apesar do seu tamanho em micron, podem obstruir os alvéolos, orifícios pulmonares através dos quais se transmite oxigênio à corrente saguinea.

 

Como exemplo, Aceves Fernández afirma que na espessura de um cabelo podem existir até 28 partículas de nome PM10, PM2.5 e PM1, que medem entre 2.5 e 10 micron “e são menores que um grão de pó”.

 

“Mas o que preocupa ainda mais é o fato de que os especialistas dedicados a este trabalho não medem os pequenos poluentes em algumas regiões do país, já que somente monitoram os mais freqüentes, como monóxido de carbono, dióxido de enxofre e ozônio, dentre outros”.

 

Afirma que no Sudeste e Centro da cidade do México há focos vermelhos pela falta de registro do componente PM1, o que resulta ainda mais complexo de obter-se através de elemento químico pelo aumento do número de fábricas e automóveis.

 

Destaca-se que este projeto possui pelo menos 13 publicações científicas em países como Austria, Estados Unidos e Reino Unido, dentre outros.

 

Ademais, este modelo faz parte do doutorado de Aceves Fernández, na Inglaterra, o qual já foi patenteado e está sendo utilizado em 12 cidades daquele país, além da Bulgaria e Italia, com resultados positivos.

 

No México, o projeto foi apoiado economicamente pela UAQ e pelo Programa de Melhoramento do Professorado da Secretaria de Educação Pública (PROMEP-SeP). Agora aguarda recursos para implementar estações de monitoramento em pontos estratégicos, a fim de medir a qualidade do ar.