Tecnología México , México, Jueves, 14 de febrero de 2013 a las 11:20

Desenvolve-se robôs com movimentos de alta precisão

Projeto faz parte de uma rede de pesquisa da qual participam a Universidade Freie Universitat Berlin, a Complutense de Madri, a Universidade de Guadalajara e o CIC do Instituto Politécnico Nacional

Agência ID/DICYT No Centro de Investigação em Cômputo (CIC) do IPN, o doutor Juan Humberto Sossa Azuela e seu grupo de trabalho desenvolvem um conjunto de algoritmos para a análise de imagens e o reconhecimento de padrões que permite que uma maquina (um robô autônomo) resolva uma tarefa designada como, por exemplo, localizar um objeto, levá-lo a um lugar determinado, ir em direção a ele e pegá-lo.

 

O projeto faz parte de uma rede de pesquisa cujo objetivo principal é o desenho de robôs autônomos. Desta rede participaram, de maneira conjunta, duas universidades européias, a Freie Universitat Berlin, da Alemanha, a Complutense de Madri, Espanha e, por parte do México, a Universidade de Guadalajara e o CIC do Instituto Politécnico Nacional.

 

O doutor Sossa Azuela, coordenador do projeto de pesquisa, explicou que uma máquina-protótipo guiada a partir de sensores de visão, audição, olfato e microfones, pode perceber com bastante precisão o ambiente que a rodeia, como uma pessoa. “Com estas ferramentas e um programa apropriado que processe a informação, o robô poderá tomar decisões adequadas: andar, parar, saltar, subir, descer, voar ou dar voltas, tudo de modo automático, com a mínima assistência humana”, detalhou o especialista do CIC.

 

Este projeto de pesquisa, apoiado pelo Fundo de Cooperação Internacional em Ciência e Tecnologia (FONCICYT) da União Européia-México, teve como meta construir robôs de serviço com rodas que, a partir do uso de imagens obtidas através de câmeras colocadas no aparelho, são capazes de detectar obstáculos como automóveis ou pedestres.

 

Com o apoio do fundo “semeou-se” uma semente de pesquisa colaborativa, através da qual foi possível publicar um bom número de trabalhos em revistas e congressos, bem como formar estudantes. No México, a Universidade de Guadalajara obteve a patente de um protótipo de robô humanoide.

 

Na Espanha foram desenhados vários robôs para a área da agricultura, enquanto na Alemanha conseguiu-se colocar em operação um protótipo muito eficiente de automóvel autônomo, capaz de trafegar pelas ruas.

 

O especialista destaca que da análise de imagens da informação percebida por uma câmera instalada em um robô, obtém-se informação útil que permite à máquina identificar os objetos ao seu redor (árvores, pedras, caminhos, etc.), a fim de evitá-los, pegá-los ou realizar com eles diversas tarefas.

 

“O conjunto de algoritmos diz à máquina quais elementos estão no seu caminho; então se realizará uma ação, como mover as patas ou rodas até uma árvore de maneira muito precisa”, comentou o doutor Sossa.

 

Ainda que no México não se fabriquem robôs em quantidades comparáveis a de outros países, são adquiridos no mercado para ser utilizados como plataformas de teste de novos algoritmos, a fim de realizar tarefas determinadas: andar, voar, pegar objetos, etc. “Não chegamos ao ponto de produzir tecnologia própria, estamos na transição”.

 

Comenta que a indústria de robôs cresceu, principalmente a de robôs focados no serviço a humanos. Estima-se que até 2025 serão investidos 70 bilhões de dólares, com um crescimento exponencial principalmente no Japão.

 

Por intermédio desta colaboração foi criada no IPN uma Rede Institucional de Especialistas em Robótica e Mecatrônica, a fim de coordenar trabalhos individuais e assim passar da escritura de artigos e desenvolvimento de teses ao registro de patentes e desenvolvimento de produtos tecnológicos.