Tecnología España , Valladolid, Viernes, 10 de diciembre de 2010 a las 17:23

Cientistas da Universidade de Valladolid estudam obtenção de proteína a partir da vinhaça

Objetivo do trabalho, que pertence ao projeto Acuisost, é valorizar este resíduo líquido através do uso de algas

Cristina G. Pedraz/DICYT O Grupo de Tecnologia de Processos Químico e Bioquímicos da Universidade de Valladolid, dentro do projeto Cenit Acuisost (Agricultura Sustentável), pesquisa a obtenção de proteína a partir da vinhaça, o resíduo líquido final “procedente da fermentação do melaço da beterraba e etanol”, afirmou a DiCYT María Teresa García Cubero, uma das cientistas do grupo.


A valorização de co-produtos e resíduos tanto do setor açucareiro como de outro tipo de indústria agroalimentar é uma das linhas de trabalho do grupo de pesquisa, que colabora nesta atividade do projeto Acuisost com a empresa Açucareira Ebro. Neste sentido, trabalham com compostos de difícil degradação e valorização, como a vinhaça, da qual aproveitam “seu importante conteúdo de nitrogênio”.


O nitrogênio é um dos elementos que mais influenciam no metabolismo e no desenvolvimento da beterraba e passa pelas distintas etapas de fabricação na indústria açucareira, sem que ao final do processo se saiba bem o que fazer com ele. “Buscamos obter proteína a partir dessa fonte de nitrogênio e, para tal, utilizamos algas, as quais utilizam esta matéria nitrogenada e parte da matéria orgânica que tem a vinhaça para crescer”, explica Cubero.


Deste modo, “o que antes era um resíduo, pode converter-se em um produto de valor agregado importante”, assegura a especialista, que afirma também que o grupo conta com um reator “no qual são modificadas as condições de operação para aperfeiçoar o processo e obter a máxima quantidade de alga possível utilizando a vinhaça”.


A pesquisa está incluída em uma das sete atividades do projeto Acuisost, concretamente na de Matérias Primas, que pretende alcançar o conhecimento científico e técnico necessários para a incorporação de novas matérias primas na elaboração de dietas aquícolas. Neste sentido, buscam fontes alimentares aquícolas, aplicação de tratamentos para acondicioná-las adequadamente e estudar o comportamento nos processos de mistura para a obtenção de diferentes dietas.


Atividades do projeto


Com um orçamento de cerca de 21 milhões de euros, e a participação de 25 empresas e 20 centros tecnológicos, o projeto está liderado por Dibaq Diproteg, com sede na localidade segoviana de Fuentepelayo.
Além da atividade centrada nas matérias primas, existem outras baseadas nos sistemas biotecnológicos (preparados e sistemas que melhorem as condições e processos digestivos, reforcem os sistemas imunitários e protejam contra diferentes espécies de processos patológicos); nos aditivos e encapsulamento (obtenção de resultados sobre os métodos de extração e de processamento de diferentes pigmentos necessários na alimentação de peixes) e nos cultivos de espécies (na qual são realizados diferentes cultivos de espécies como o do robalo de baixa salinidade).


O objetivo principal do trabalho é o desenvolvimento e a avaliação de matérias primas, tecnologias e sistemas aplicados ao setor aquícola. Iniciado em 2007, anualmente são realizadas reuniões onde os avanços conseguidos são expostos. O último encontro, celebrado dia 28 de julho no edifício Pignatelli de Zaragoza, serviu para realizar diversas reuniões paralelas dos diferentes comitês que gerenciam o desenvolvimento e funcionamento do projeto.


José Luis Tejedor, coordenador-geral do Projeto Acuisost, do departamento técnico de Dibaq, revelou os últimos avanços do ano 2009, assim como o estado da pesquisa em distintas atividades e colaborações.