Salud España , Salamanca, Lunes, 03 de octubre de 2011 a las 11:00

Centro de Investigação do Câncer estuda alterações genéticas de tumores cerebrais

Amostras de pacientes do Hospital Universitário de Salamanca servem para avançar neste trabalho

JPA/DICYT Centro de Investigação do Câncer (CIC) de Salamanca pesquisa as alterações genéticas relacionadas com a aparição de tumores no sistema nervoso central. Em colaboração com o Hospital Universitário de Salamanca os cientistas analisam amostras de pacientes que sofrem estas enfermidades para determinar quais mutações de genes são responsáveis pelo desenvolvimento deste tipo de câncer.

 

Estes tumores estão entre os menos freqüentes, já que representam 2% de todos os cânceres humanos, mas o prognóstico é bastante desfavorável, o que incentiva os cientistas a buscar soluções. Por isso “este trabalho de pesquisa tem como fim caracterizar melhor algumas alterações ocorridas neste tipo de tumor, porque seu desenvolvimento é bem conhecido, mas as terapias continuam sendo ineficazes”, declarou a DiCYT Irene Rodríguez, pesquisadora do Laboratório 14 do Centro de Investigação do Câncer que hoje realizou um seminário para revelar sua linha de trabalho a outros cientistas de Salamanca.

 

De fato, tumores como os astrocitomas ou os glioblastomas, incluídos entre os que afetam o sistema nervoso central, são muito resistentes à quimioterapia e a radioterapia. Nos piores casos, a sobrevivência não passa dos 15 meses, enquanto nos casos menos graves pode ser de cinco anos. Precisamente, um objetivo da pesquisa é ver a relação entre as distintas alterações genéticas apresentadas pelos pacientes que sofrem estes tumores com seu prognóstico, isso é, o fato de que determinados genes sofram mutações ou não marcaria a expectativa de sobrevivência para o paciente. Conhecer melhor estes aspectos fará com “que a prática clínica melhore”, afirma a especialista.

 

Para desenvolver este estudo “trabalhamos com amostras humanas, pacientes que foram diagnosticados com tumores cerebrais e que consentem em colaborar com a pesquisa”. Este trabalho é realizado em colaboração com Juan Antonio Gómez Moreta, do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitário de Salamanca, que ajuda na coleta das amostras e nas histórias clínicas.

 

Anos coletando amostras

 

Ainda que a baixa prevalência dos tumores cerebrais dificulte a pesquisa, o laboratório no qual trabalha Irene Rodríguez, coordenado por Rogelio González Sarmiento, coleta amostras há mais de duas décadas. Isto permite que atualmente “tenhamos um número de amostras representativo para fazer o estudo”.

 

Outra vertente deste trabalho é a do Conselho Genético. Estudar as alterações genéticas que originam determinados tumores é útil no caso de alguns tipos de câncer hereditário, com o fim de realizar exames nos familiares e comprovar se são portadores de alguma alteração que lhes faça mais propensos a ter um tumor.