BIO.IBEROAMÉRICA 2016 reivindica o acervo científico ibero-americano na sua inauguração
JPA/DICYT O primeiro Congresso Ibero-americano de Biotecnologia ‘BIO.IBEROAMÉRICA 2016. Biotecnología Integrando Continentes’ (Biotecnologia a integrar continentes) começou hoje com a cerimónia inaugural e a palestra de inauguração, feita pela investigadora estado-unidense Tejal Desai. O reitor da Universidade de Salamanca, Daniel Hernandez Ruipérez, abriu o encontro com uma menção às estreitas relações entre a instituição académica de Salamanca, que vai celebrar 800 anos em 2018, e toda a Ibero-América. Portanto, ele expressou o seu desejo de que este aniversário possa servir para a criação de um sistema universitário comum para toda a Ibero-América.
A continuação, Eva María Martín del Valle, presidente do comité organizador, salientou a necessidade de contacto entre os investigadores no campo da biotecnologia, pela sua natureza multidisciplinar, uma vez que a biotecnologia é, por definição, um conhecimento “horizontal” que abrange muitos campos da ciência. Além disso, em sua opinião, este Congresso Ibero-americano é uma grande oportunidade para reivindicar “o acervo científico ibero-americano, que é muito desconhecido”.
Investimento para saúde e alimentação
O diretor-geral da Fundação Espanhola para a Ciência e Tecnologia, José Ignacio Fernández Vera, sublinhou que a cooperação internacional é essencial para a ciência. Como ilustrou, o gasto anual da Espanha em investigação biotecnológica é de 1.500 milhões de euros, o que representa 11,3% do investimento nacional total em I&D, destinado principalmente para a saúde humana e alimentação. Também reivindicou a importância de difundir o conhecimento gerado pelos cientistas para lograr uma população bem cultivada.
Tanto o presidente da Sociedade Portuguesa de Biotecnologia (SPBT), José Teixeira, como o da espanhola ‘Sociedad Española de Biotecnología’ (SEBiot), Mario Díez, destacaram que a Ibero-América é o espaço natural onde se projeta a ciência espanhola e portuguesa. Nesta linha, o Presidente da Câmara Municipal de Salamanca, Alfonso Fernández Mañueco, enfatizou as ligações entre a cidade e o conjunto da Ibero-América, especialmente através da Universidade de Salamanca.
Tejal Desai
Após a inauguração, o professor emérito da Universidade de Salamanca Miguel Ángel Galán apresentou a professora Tejal Desai, chefe do Departamento de Bioengenharia e Ciências Terapêuticas da Universidade da Califórnia em São Francisco (EUA), que deu a conferência de abertura de BIO.IBEROAMÉRICA 2016.
Desai dirige um laboratório de micro e nanotecnologia terapêutica. Como manifestou no seu discurso, as pesquisas que desenvolve visam modificar o comportamento das células e procuram novas formas de entrega dos medicamentos para obter melhores tratamentos, sempre pensando em levar os resultados para a prática clínica.