Alimentación México , México, Viernes, 27 de abril de 2012 a las 12:56

Atividade humana colocou 25% dos mamíferos em perigo de extinção

São necessárias mais áreas de conservação para preservar a mesma quantidade de mamíferos que ocupavam um território menor nos anos 70

Agência ID/DICYT “A passagem do homem pela Terra provou alterações como a deflorestação, superexploração e destruição de hábitats, além do aquecimento global”, afirma o doutor Rodolfo Dirzo Minjares, membro do júri do Prêmio à Pesquisa Científica do Programa Volkswagen, Por amor ao Planeta, durante a sexta entrega desta premiação.

 

Esta série de manifestações fazem parte de uma era conhecida como Antropoceno, na qual a pegada humana também fez com que 25% de toda a diversidade biológica de mamíferos entrasse em perigo de extinção.

 

O fenômeno da defaunação dos hábitats é um dos objetos de estudo do ganhador deste ano da premiação entregue pela empresa alemã, o doutor Víctor Sánchez-Cordero Dávila.

 

Diretor do Instituto de Biologia da Universidade Nacional Autônoma do México, Sánchez-Cordero Dávila é um estudioso das áreas protegidas federais, estatais e municipais, sejam comunitárias ou privadas.

 

Suas pesquisas permitem avaliar de modo quantitativo e sistemático a efetividade destas áreas em termos de prevenção de mudanças do uso da terra. Em função disto concluiu que a categoria de reserva da biosfera é o modelo de mais êxito, pela colaboração das pessoas na conservação da biodiversidade.

 

Durante a premiação, Sánchez-Cordero Dávila afirmou que atualmente são necessárias mais áreas de conservação para preservar a mesma quantidade de mamíferos que ocupavam um território menor nos anos 70.

 

Para tanto, indicou ser necessário o estabelecimento de redes de áreas de conservação que contemplem áreas protegidas decretadas prioritárias de conservação por sua biodiversidade, bem como aquelas suscetíveis de restauração.

 

Afirma que sua equipe de trabalho está ampliando os resultados a outras espécies e até agora mantêm-se a mesma constante, se o tamanho do território a ser conservado é o mesmo, diminuirá a quantidade de animais disponíveis.

 

Egresso da Faculdade de Ciências da UNAM, Sánchez-Cordero Dávila fez seus estudos de mestrado e doutorado na Escola de Recursos Naturais da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos; além de um estágio no Museo de História Natural de Chicago.

 

Atualmente é integrante do Conselho Nacional de Áreas Naturais Protegidas e do Conselho Técnico do Fundo de Áreas Naturais Protegidas, além de trabalhar como pesquisador associado da Universidade de Kansas.

 

Seus enfoques teóricos foram usados para identificar áreas geográficas com risco de zoonoses (qualquer doença que possa ser transmitida de animais para humanos) emergentes importantes para a saúde pública, como a leishmaniose (transmitida pela picada do mosquito do gênero Phlebotomus) e a doença de Chagas (infecção contraída pela picada de um inseto, de forma congênita ou por transfusões de sangue), para as quais modelou a distribuição de seus reservatórios e vetores potenciais.

 

É importante notar que esta é a primeira ocasião em que o Programa Volkswagen, Por Amor ao Planeta premia dois pesquisadores. O outro premiado foi o doutor Mario González Espinosa, do Colégio da Fronteira Sul (Ecosur).

 

Este prêmio é entregue anualmente a pesquisadores que, através de suas trajetórias e projetos de pesquisa, contribuíram para o avanço do conhecimento sobre a biodiversidade.