Educación España , Valladolid, Lunes, 25 de noviembre de 2013 a las 15:38

Aplicativo para Android facilita a aprendizagem de matemática

O projeto, denominado AprendeMat e orientado a crianças de 7 a 8 anos, recebeu uma das bolsas do programa Prometeo da Universidade de Valladolid

Cristina G. Pedraz/DICYT Adrián González Rodrigo, aluno da Universidade de Valladolid, desenvolveu um aplicativo para celulares com sistema operativo Android que facilita o aprendizado da matemática tanto nos centros de Ensino Primário, quanto no âmbito doméstico. O aplicativo, denominado AprendeMat e orientado a crianças de 7 e 8 anos, recebeu uma das bolsas da quinta edição do programa Prometeo da Universidade de Valladolid, cujo objetivo é proteger resultados de projetos e protótipos inovadores desenvolvidos por alunos da Universidade.

Como explica Adrián González Rodrigo, que foi orientado pela professora do Departamento de Informática da Universidade de Valladolid, Belén Palop, o projeto surgiu da detecção da falta de aplicativos para o aprendizado da matemática em centros de ensino. “Os aplicativos existentes no Google Play, por exemplo, estão destinadas ao âmbito doméstico e nenhum se baseia em um método de ensino concreto. Assim, além de criar um aplicativo que sirva para o âmbito doméstico, a ideia é que nosso aplicativo seja utilizado pelos docentes”, explica em palavras coletadas pela DiCYT.

Deste modo, foi implementada a cartilha para o primeiro ano da Educação Primária da Editorial Marshall Cavendish, baseada no método Singapore, referência mundial no ensino da matemática, conforme os relatórios de educação PISA (Programa Internacional para a Avaliação de Estudantes).

Conforme explica o aluno, com o método Singapore “os melhores resultados de aprendizagem são obtidos”. “Trata-se de um método de ensino incremental, isso é, transmite-se uma série de conhecimentos e, uma vez corretamente dominados, continua-se aprendendo novos, de modo que evitamos dedicar um tempo à realização de exercícios de revisão, como se faz no método de ensino de espanhol, aproveitando-se melhor o tempo”, afirma.

Baseando-se em um método fundamentado para o ensino, o que representa “a principal novidade”, o aplicativo pode ser utilizado no âmbito docente. “Incluímos uma série de elementos gráficos que ajudam a realizar o exercício e, além disso, as instruções do enunciado podem ser consultadas de maneira visual e oral, considerando que o aplicativo está destinado a crianças de 7 e 8 anos que podem ter dificuldade com a leitura, e isto facilita o entendimento do exercício”, indica.

A ferramenta, já testada em um colégio, inclui um sistema de gestão de alunos e elaboração de relatórios, de forma “que o aluno sempre recebe um feedback sobre o exercício e pode ver exatamente seus erros e acertos; e o professor pode ver os exercícios que o aluno realizou, a porcentagem de acertos, e saber o nível ou a fluidez apresentada pelo aluno”.

Finalmente, o aplicativo foi desenvolvido considerando que não se trata de preparar somente uma cartilha, mas uma plataforma para incluir com certa facilidade as demais cartilhas até cobrir toda a Educação Primaria.

Programa Prometeo

 

11 iniciativas desenvolvidas por alunos foram protegidas através de patente ou registro da propriedade intelectual na quinta edição do programa de bolsas Prometeo da Universidade de Valladolid, cujo fim é a proteção de projetos inovadores desenvolvidos por alunos da Universidade. Dos 11 projetos escolhidos, seis (três do Campus de Valladolid, dois do Campus de Segovia e um do Campus de Palencia) correspondem ao software e foram inscritos no Registro de Propriedade Intelectual; enquanto cinco (quatro do Campus de Valladolid e um do Campus de Palencia) são trabalhos protegidos mediante patente.

 

Cada uma das bolsas Prometeo está dotada de 500 euros (no caso dos softwares) e de 1.000 euros (no caso das patentes). Além da proteção dos trabalhos, os alunos recebem formação específica em matéria de propriedade industrial e intelectual. O programa de bolsas Prometeo faz parte do Projeto de Transferência de Conhecimento Universidade-Empresa (T-CUE), financiado pela Junta de Castela e Leão dentro da Estratégia Universidade-Empresa 2008-2013, e coordenado pela Fundação Universidades e Ensinos Superiores de Castela e Leão (Fuescyl).