Salud España , León, Jueves, 14 de octubre de 2010 a las 13:17

Empresa de Le贸n testa um composto de fungo marinho contra a leucemia

O estudo do Instituto Biomar, em fase pr茅-cl铆nica, pretende inibir a prolifera莽茫o celular tumoral

AMR/DICYT O mar ocupa 71% da superfície terrestre, foi a fonte da vida e alberga uma diversidade biológica tão ampla que se estima que dela somente se conhece 5%. Apesar disto, a indústria farmacêutica preferiu historicamente buscar os compostos necessários para elaboração de medicamentos em terra ou em seus laboratórios. Algumas empresas biotecnológicas, por outro lado, focam seus microscópios ao mar. Uma delas é o Instituto Biomar, uma companhia de León especializada em Microbiologia marinha que procura no mar os compostos necessários para a elaboração de medicamentos. A busca começa a dar frutos. A empresa começou ensaios pré-clínicos com um composto obtido de um fungo marinho que pode ter propriedades antitumorais na leucemia.

 

O composto procede do fungo Periconia macrospinosa, isolado em uma expedição ao Caribe. Encontrar um composto idôneo para a pesquisa farmacêutica não é uma tarefa fácil. A empresa conta com um catálogo de microorganismos próximo a 60.000 cepas, 50.000 isoladas de ambientes marinhos. “Esta livraria é um de nossos ativos”, explica Antonio Fernández Medarde, conselheiro delegado do Instituto Biomar. Estes organismos proporcionaram 2.130 compostos. Depois de realizar ensaios sem êxito com quatro deles, o material analisado agora para o tratamento da leucemia é o que mais longe chegou em seus trabalhos científicos.

 

O composto, que é testado em ratos, pode atuar potencialmente como inibidor na proliferação celular, importante para obstaculizar a progressão das células tumorais na leucemia. Já existem outros inibidores no mercado, mas a novidade desta pesquisa está em que “o modo de ação é diferente dos tratamentos convencionais”. Os responsáveis pelo projeto querem comprovar em um teste já aplicado a capacidade do composto para logo estudar um mecanismo de ação que potencialize a produção por parte do fungo que o sintetiza.

 

Chegar até aqui não foi fácil. Os técnicos da companhia tiveram que realizar modificações no composto natural e convertê-lo em semi-sintético para possibilitar a capacidade inicial de inibição demonstrada in vitro. Nestes momentos, os pesquisadores da companhia de León estão observando a diferença do número de células e sua divisão após a administração deste produto in vivo.

 

Existem poucas empresas no mundo que competem na busca de antitumorais procedentes de microorganismos do mar. A mais avançada na procura de medicamentos contra o câncer procedentes de organismos marinhos é a Nereus, uma empresa de Biotecnologia norte-americana, cujos testes com um medicamento para o câncer de colo já superaram a fase 2.

 

Biocombustíveis e medicamentos que chegam do mar

 

O mar, fonte de inspiração de artistas ou descobridores, assim também o é para a empresa de León Instituto Biomar. Dedicada a descobrir e desenvolver produtos e aplicações para uma ampla gama do setor industrial, a companhia mantém atualmente linhas de P+D relacionadas com a Farmácia (antitumorais, antibacterianos, antifúngicos ou antivirais), bioenergia (produção de biodiesel a partir de algas e cianobactérias), cosmética, aqüicultura, alimentação e enologia.